sábado, 6 de setembro de 2014

Artistas com semelhantes trabalhos artísticos

                                                                   DE MÃO EM MÃO

                               Construção civil é levada por Héctor Zamora para dentro da galeria


A arte e a poesia concreta surgem no início dos anos 1950 no Brasil, intimamente associadas ao impulso modernizador que levantou Brasília e ao boom desenvolvimentista que prometia um avanço histórico de “50 anos em cinco”. Mais de meio século se passou, e tanto o empenho construtivo quanto a abstração geométrica que modificou os parâmetros artísticos naqueles anos ainda ecoam na arte brasileira. Quatro exposições em cartaz hoje evocam a inteligência e o rigor brasileiro pela construção. Ou pela desconstrução.

Com uma consistente pesquisa sobre as relações entre a escultura e a arquitetura, a artista carioca Ana Holck trabalhou sobre a estrutura do elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro, cuja construção começou a ser realizada nos anos de Juscelino, e está com os dias contados – sua demolição faz parte do projeto de revitalização da área portuária. Na mostra “Perimetrais”, a artista “dissecou” a perimetral em cortes, representados em gravuras de metal. Com o mesmo rigor analítico com que desconstruiu a perimetral, a artista usou de cálculos de peso para criar estruturas com mourões de concreto e outros objetos de delicado equilíbrio.



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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

PROCESSO DE CONSTRUÇÃO- PESQUISA DE CAMPO















TRABALHO DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Faculdade de Artes Visuais



Marília Silva Martins Gidrão








Moldagens, mixagens e fotografias como arte.






Professor Orientador: Anahy Jorge









goiânia
2013





















GIDRÃO, Marília. Impressão corporal: Moldagens, mixagens e fotografias como arte, Goiânia, FAV, 2013, 30p.
(Monografia. Apresentada ao Curso de Graduação em Artes Plásticas da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás)
Palavra- Chave: Moldagem, Fotografia, Mixagens- Moldagem como Arte- Fotografia como Arte- Mixagens como Arte.








Marília Silva Martins Gidrão













IMPRESSÃO CORPORAL:
MOLDAGEM, MIXAGEM E FOTOGRAFIA COMO ARTE


Monografia de Conclusão do Curso apresentada à Faculdade de Arte Visuais para obtenção do título de graduação em Bacharelado em Artes Plásticas, sob a orientação da Profa. Anahy Jorge.












Goiânia
 2013


MARÍLIA SILVA MARTINS GIDRÃO



Impressão corporal:
Moldagens, mixagens e fotografias como arte.


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovada em 12 de dezembro de 2013, pela Banca Examinadora constituída pelos professores.



Ma. Anahy Jorge
Presidente da Banca



Ma. Selma Parreira
Membro Interno



Ma. Eliane Chaud
Membro Interno





Dedicação aos:
Pedreiros da construção civil do Campus II/UFG.


Agradecimentos

A Luana Carvalho, pela disponibilidade.
A Anahy Jorge pela orientação e inspiração.
Professor Rubens pela ajuda com a construção das obras.





























RESUMO


Esta pesquisa, teórico prática, visa analisar o desenvolvimento de um conjunto de quatro obras escultóricas, Mãos em Ação, A obra, O Gesto e O peso. Durante o processo artístico focalizamos a presença e importância do processo artístico realizado: do procedimento da moldagem em gesso, da mixagem de objetos de construção coletados, da fotografia junto aos trabalhadores do Campus II. Metodologicamente, a pesquisa utiliza dos estudos oriundos da Poïética, que estuda e acompanha o valor das experiências de erros e de acertos realizados no transcorrer da realização da obra. Nesse processo, vou estudar as obras de alguns artistas como Antony Gormley, Christian Boltanky, George Segal, utilizando-as como referência artística para minhas obras.


















APRESENTAÇÃO


O assunto que me motiva a trabalhar na escultura é a representação do corpo com precisão através da moldagem. Escolhi a escultura por ser tridimensional, próxima da realidade, e pela liberdade de expressão que essa linguagem me proporciona. Ou seja, representar as formas  que não consigo junto a outras linguagens de expressão. Considero que ela é mais próxima da realidade, permitindo-me trazer os vestígios dos corpos moldados para a obra.
O caminho metodológico escolhido, foi a ciência Poïetica. Estudo metodológico muito presente na minha pesquisa teórica e prática, e que muito me ajudou, pois é um campo que se preocupa com o processo de criação de uma obra. Nesses estudos, os erros e acertos fazem parte do desenvolvimento dos trabalhos realizados. Sandra Rey no livro “Por uma abordagem Metodológica de pesquisa em arte”. Discute sobre essa forma metodológica como forma de pesquisa em arte focalizando o processo. O processo artístico foi muito importante, pois a parte poética foi aparecendo a medida que desenvolvia a obra.
Em relação ao procedimento da moldagem, Didi Huberman, fala da relação do desenvolvimento do trabalho, que tem erros e acertos, assim co mo desenvolvo o processo artístico no processo de construção das obras.
A forma estética que defendo em minhas obras é citada por Cristina Costa e Viviane Matesco. Costa relaciona a questão do belo, com a percepção e o fazer do artista que tem como objetivo fazer arte com um motivo além da estética. E Viviane Matesco explicita, que a sociedade se interessa pela arte, com o objetivo de obter prazer, o status que a compra em algum item mercadológico dá, é diferente do que se sente ao observar uma obra de arte moderna, em que o primeiro tem o objetivo de agradar e o segundo, tem o objetivo de mostrar com realidade, uma mistura de emoções dentre os quais o sofrimento.
Sendo assim, esta pesquisa mostrará em meu processo artístico, o cotidiano de trabalhadores.
Divido os conteúdos em duas partes, a primeira explica como o direcionamento do tema foi feito para o desenvolvimento prático, e a segunda é o desdobramento da obra se fazendo durante o processo artístico. Nesse percurso apresento obras de três artistas que me ajudaram nas análises junto com as obras realizadas por mim. Espero que esse estudo possa ser útil para os estudantes e artistas que trabalham de forma semelhante ao meu percurso artístico.

































SUMÁRIO


1° Capitulo................................................................................................................... 03
1.1 AS OBRAS............................................................................................................. 03
1.1.1 Mãos em ação............................................................................................. 03
1.1.2 Mãos em Ação:................................................................................................. 04
1.1.3 A obra................................................................................................................ 05
1.2 O Gesto................................................................................................................... 06
1.3 O Peso.................................................................................................................... 07
2°Capitulo.................................................................................................................... 08
2.1 Metodologia: A poïética e o fazer artístico......................................................... 08 
3° Capitulo................................................................................................................... 11
3.1 O Gesso e a Moldagem........................................................................................ 11
4°Capitulo.................................................................................................................... 14
4.1 Fotografia e Mixagem........................................................................................... 14
5° Capítulo................................................................................................................... 16
5.1 Registros EGISTROS........................................................................................... 16
6° capítulo................................................................................................................... 21
6.1 Referência Artística.............................................................................................. 21
CONCLUSÃO.................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 27












INTRODUÇÃO

Esta pesquisa envolve os desdobramentos da escultura, com o procedimento da moldagem em gesso, e da documentação fotográfica junto aos trabalhadores dos arredores do Campus Il. Durante o processo artístico, estarei moldando partes dos corpos dos operários e coletando objetos que fizeram parte do trabalho realizado por eles. Esses elementos serão agregados a blocos de concreto e também blocos de gesso, marcando e registrando com mais detalhes a expressão do corpo ali moldado.
Meu interesse, no tema dos trabalhadores, que representa o trabalho braçal humano, realizado repetidamente e esquecido, surge da observação cotidiana da vida. Dessa forma, a partir deste tema desenvolvi uma série de trabalhos tridimensionais, conjunto de esculturas, apropriando-me da realidade do trabalho braçal na sociedade atual. A existência de um corpo que exerce uma ação e que marca como forma de registro em moldagem em gesso e na fotografia.
Nessa pesquisa, analiso obras de três artistas contemporâneos. Um dos artistas que me influenciou neste trabalho foi Antony Gormley (London, England, UK 30/08/1950). Um artista inglês que fez trabalhos em que o corpo é discutido em suas várias formas e a existência de cada organismo está em sua forma sendo em conjunto ou sendo isolada dos outros elementos orgânicos. Fez formas de corpos com vários materiais orgânicos e inorgânicos. Um de seus trabalhos é intitulada Snowfall, em que o processo da impressão do corpo é feito na areia, e relaciono esta forma da impressão do corpo com minha obra Mãos em ação.
Outro artista que me influenciou pelo procedimento da moldagem, a relação da marca do corpo pela forma foi George Segal (Nova York, 26/11/1924 - Nova Jersey, 09/06/2000). Um artista que molda figuras fantasmagóricas a partir de corpos de pessoas comuns e poses e situações corriqueiras como ruas e praças. Em suas obras são construídos cenários a partir de corpos feitos de gesso, como se fossem pessoas. O ar fantasmagórico emerge com a cor branca do gesso.
Este ar fantasmagórico de Segal é muito visível em meu trabalho A Obra, em que blocos de gesso, representam os trabalhadores que exercem o trabalho braçal, por meio da impressão da mão de cada um dos trabalhadores no bloco de gesso.
Outro artista escolhido, que possui algumas similitudes com o meu processo artístico é Christian Boltanski (Nova York, 26/11/1924 - Nova Jersey, 09/06/2000): tem a mesma forma de coleta com materiais; expõe a forma como cada material. É uma artista que sugere lugares para se lembrar de situações tristes como a morte dos judeus. A obra que desenvolvi intitulada O Gesto, lida com esta forma de apresentação de memória, que Christian Boltanski desenvolve em sua obra intitulada “Personnes”.
Vik Muniz também é citado como referência para minhas obras de mixagem e fotografia.
Nesse Trabalho de Conclusão de Curso foram realizadas três obras tridimensionais: A Obra, O gesto, O Peso. E uma obra bidimensional, que é o registro fotográfico “Mãos em Ação”.
O presente projeto foi elaborado e dividido em seis partes como:
O primeiro Capítulo apresenta o processo artístico das obras realizadas, em que o  desenvolvimento da obra é apresentado.
 O segundo Capítulo apresenta a metodologia, ou seja, a poïética e o fazer artístico. O terceiro capítulo focaliza o processo de moldagem e a referências poéticas desenvolvidas no processo de produção artística. O quarto capítulo,                                                         Fotografia e Mixagem, mostra como o processo de registro fotográfico é apresentado e cita o autor e o artista usados como referência. O quinto capítulo,                                                              Registros – mostra as  imagens de cada obra apresentada e produzida ao longo da produção do trabalho de conclusão de curso.  O sexto capítulo,                                                                                           Referências artísticas, mostra as imagens que são citadas de cada artista, apresentadas como referência para minha produção artística.













1° Capitulo

1.1 AS OBRAS

1.1.1 Mãos em ação.

Para mencionar as obras preciso primeiramente falar da obra inicial intitulada  Espelhando o oculto. Trata-se, inicialmente, do meu próprio pé moldado em gesso, o trabalho em escultura que me fez começar a desenvolver a técnica de moldagem com gesso. Inspirou-me a começar a fazer outros a partir da mesma metodologia em que a pesquisa está encaminhando, junto com o ato de criar a obra. A partir da moldagem do meu próprio corpo, que começou por esta obra, observei que a expressão do corpo humano tem é muito sublime, com muitos detalhes que não deixa passar despercebido. Ex: digitais, cores, texturas e expressões que contam uma história por trás  de cada traço.
A parte material da obra possui duas caixas de madeira, a moldagem de meu pé e por vários pregos. Tais elementos, como, o pé e os pregos constituem da representação de um corpo por meio de espelhos que refletem a imagem no interior da caixa. Nesse trabalho tenho o propósito de refletir realmente a imagem de um pé ferido por pregos. O todo possui uma tentativa de colocar em prática o que a alma sente.
Tento simbolizar através de uma caixa e grades, a janela da alma. Coloquei uma caixa por cima da caixa espelhada, para dificultar assim a visão da imagem do objeto que estava no interior da caixa.
O processo de criação segue uma proposta de exercício para a matéria do tridimensional no 6° período do curso de Artes Plásticas. Pensei primeiramente em qual parte do corpo trabalhar. Escolhi o pé para ser representado na forma material, mas com um sentido espiritual. O pé que muitas vezes significa o suporte, algo que sempre esta na base. Um porto seguro do corpo que segura todo o peso e nos faz locomover. Após o pé moldado em gesso preguei pregos na parte inferior do pé onde se localiza a sola e assim concluindo o objeto com tinta acrílica. Comprei uma caixa de madeira e coloquei espelhos nas partes internas da caixa. E após esta execução coloquei dentro desta caixa espelhada a cópia de meu pé cheio de pregos e coberto com a tinta acrílica vermelha. (Imagem-01)
A partir da obra Espelhando o Oculto, meu interesse em escultura se fez mais concreto. O contato direto com o material me fez descobrir que ao trabalhar com escultura conseguia expressar melhor minhas ideias. Dessa forma, as minhas ideias se libertam e assim consegui melhorar a produção. O desenrolar de minha pesquisa a partir desta obra me levou a querer trabalhar com o corpo em suas formas e gestos, me levando a encontrar o objeto de estudo que fala do gesto corporal na moldagem e na mixagem de materiais.
Antony Gormley realiza isso na sua obra intitulada Snowfall, que explicita as formas do corpo. E a relação do meu trabalho com a arte de Gormley, está na forma de representação do corpo, como ser existencial, pois o molde ao adquirir tal forma, passa a exercer o mesmo papel que o corpo moldado exerce. Agora, esse corpo que não está presente e que, ao mesmo tempo, existe por meio da forma vazia.

1.1.2 Mãos em Ação:

A primeira obra a ser produzida intitula-se: Mãos em Ação, trabalho em que busco representar a expressão e o sentimento pela moldagem das mãos dos trabalhadores. O processo de criação da referida obra inclui novamente o procedimento da moldagem em gesso. Durante o processo da construção desta obra, realizamos também o registro da fotografia. A fotografia vai ter como objetivo a captação do exato momento em que tiro as moldagens das mãos dos trabalhadores. A ideia de procurar por pessoas que atuam no trabalho braçal, veio por meio de um questionamento sobre o que procuro na realidade representar como arte.
Assim, o registro fotográfico me impulsionou a representação do trabalho braçal, observar as pessoas que fazem parte deste meio de trabalho. E como estas pessoas se expunham muito tempo exercendo funções que exige muito esforço físico, ficavam com marcas do tempo bem expressivas. Essa observação me fez lembrar que mesmo com tanta tecnologia e maquinário, nós precisamos especialmente das mãos. Sem as mãos do homem não é possível executar o serviço, mesmo para manusear a maquinaria. Assim, as marcas, das mãos destes trabalhadores, registradas pela fotografia, mostram que com o tempo, as marcas do trabalho exercido no Sol, com manuseio de ferramentas pesadas ficam expressivas e bem  perceptíveis. (Imagem-02)


1.1.3 A obra

A segunda obra a ser estudada é um trabalho intitulado “A obra”. Nela apresento na forma do tridimensional o molde pronto e o que ficou após o ato exercido pelas mãos. Para explicitar, como cada elemento precisa um do outro: como o homem precisa das mãos para o trabalho, e o trabalho precisa das mãos do homem para ser executado.
O titulo se inspira na forma como os tijolos são utilizados para construir muros. Nesse processo, as mãos são imprescindíveis é preciso da mão de cada trabalhador para a execução da obra. Novamente, vamos analisar a obra de George Segal e sua semelhanças com A Obra, em que o corpo é representado nas várias formas como impressão e construção da forma. É um artista que representa a realidade de forma com que algo mais está presente e transpassa para o público a sensação fantasmagórica na existência do ser humano em meio de uma sociedade contemporânea. Em meu trabalho, represento o gesto e a ação de um ser que esteve presente deixando sua marca no ato da impressão do molde.
Quando comecei a desenvolver o processo de criação dessa obra, tentei registrar com o processo de moldagem, a utilização de outros elementos como os materiais usados na hora de começar o trabalho, tais como: tijolos.
Construí então, um muro de tijolos e inseri entre eles blocos de gesso, que contém o molde das mãos destes trabalhadores braçais, ou seja, o vazio da impressão. Dando assim a ele uma nova significação, falando metaforicamente das histórias destes trabalhadores, a partir do inacabado, dos vestígios das mãos, do vazio que está presente e deixando o processo de cada impressão.
 Então com estes moldes fiz blocos de gesso com as mesmas espessuras que o tijolo de concreto. E nestes blocos, anexei os moldes de forma com que fizesse parte mesmo deste corpo. O intuito deste trabalho artístico é de apresentar o corpo de um trabalhador com a apresentação dos elementos de trabalho.
(Imagem-03)

1.2 O Gesto

O Gesto, foi um trabalho que surgiu após o ato de observação na hora em que um pedreiro estava preparando a argamassa. A posição em que ele posicionou a enxada para poder misturar o concreto na areia e na água. Fez-me pensar neste gesto estático. De forma que, quando alguém observasse este objeto anexado no gesso, percebesse que está parado antes do fim de um processo, assim dando a impressão de que o trabalho está em desenvolvimento. Esta obra foi nomeada com o título O gesto, pois está representando o último gesto que um trabalhador de obra executa ao preparar a argamassa. Posso dizer que, assim como, Christian Boltanski, na obra Personnes (2010), usa as roupas das pessoas falecidas em campos de concentração, para simular a mesma forma como seus corpos ficaram expostos. Ao colocar a enxada, em uma posição de ação, estou retratando a ação do trabalho braçal, pois na rotina de trabalho os gestos repetitivos, são narrados apenas quando a enxada é anexada ao gesso, na mesma posição, em que a enxada é usada para fazer a argamassa.
Durante o processo de criação dessa obra, eu procurei nas áreas de construção, ferramentas usadas e velhas. Ganhei do mestre de obras a enxada, e levei para o atelier. No segundo dia, comprei o gesso que utilizaria na mixagem da ferramenta para apresentá-la como escultura. Pois o gesso em meu trabalho acabou sendo um suporte de mixagem, com a capacidade de aderir várias formas, e se anexar em objetos após secar. A posição em que é colocada a enxada, com relação ao gesso, é a mesma que os trabalhadores de construção civil usam para poder ter um cimento no ponto, e assim utilizá-lo para anexar aos tijolos e transformar os tijolos em muros. As ferramentas que utilizo, são as mesmas que estes funcionários da construção civil utilizam em seu dia-a-dia de trabalho.
Após a reprodução do molde, o processo coleta e mixagem começam a aparecer em minha produção de arte. Registrei também com a fotografia, ações destes trabalhos braçais. (Imagem-04)





1.3 O Peso

O último trabalho que foi realizado é intitulado O Peso, é um trabalho feito com dois baldes utilizados na construção de um prédio. Estes baldes são apresentados na obra como peso, pois os trabalhadores carregam estes baldes com cimento e água para cada quarto do prédio. Estes baldes estão sujos e enferrujados, com a marca do trabalho exercido pelos trabalhadores da obra.
Durante o processo de criação, fui até uma das áreas em que estava tendo a construção de um prédio e pedi para o mestre de obras dois baldes usados, e muito utilizados.
No segundo dia após a coleta, levei os baldes coletados para o atelier de escultura da FAV e anexei os baldes a uma corda, e enchi um dos baldes com cimento. As marcas de uso aparecem com as marcas de ferrugem e a sujeira do material usado na construção, sem nenhum conteúdo em seu interior. O outro balde que foi coletado é apresentado como suporte, em que o cimento em seu interior apresenta-se como o próprio material.
Assim, estes pesos que são puxados pela corda, estão também simbolizando a rotina pesada e continua que estes indivíduos encaram diariamente, no dia a dia de trabalho. ( Imagem-05)















2°Capitulo

2.1 Metodologia: A poïética e o fazer artístico 

Eu focalizo o processo artístico utilizando a ciência da Poïética, um processo de estudo da prática artística via seu desenvolvimento, focalizando o fazer, envolvendo a obra até a sua finalização. Vou utilizar os estudos sobre essa metodologia desenvolvidos e estudados por Sandra Rey em seu livro “Por uma abordagem Metodológica de pesquisa em artes”.
Focalizar a prática do fazer arte é uma forma de estudo que dá sentido a obra de arte finalizada. Esse estudo deixa de focalizar a forma de expressão na escultura acabada, e fica ligado ao seu fazer, no seu desenvolvimento. Esse desenvolvimento pode ser importante para focalizar o desdobramento da obra de arte, os acasos, as mudanças, as escolhas sobre os materiais e procedimentos escolhidos. Muitas vezes isso não aparece na obra finalizada.
Assim, entendemos poïética tal como Sandra Rey explica em seu texto livro.

“A pesquisa em poïética visuais apoia-se no conjunto de estudos que abordam a obra do ponto de vista de sua instauração, no modo de existência da obra se fazendo. O objeto da Poïética, como mencionamos anteriormente, não se constitui pelo conjunto de efeitos de uma obra percebida, não é a obra acabada, nem a obra por fazer: é a obra se fazendo. (2008,Página 07. Por uma abordagem metodológica de pesquisa em artes” ) .

Como por exemplo, como mencionamos anteriormente, o desenvolvimento do trabalho Espelhando o Oculto coloca em prática o que a alma sente. Tais elementos, como, o pé e os pregos constituem da representação de um corpo por meio de espelhos que refletem a imagem no interior da caixa. Esta experimentação com a mixagem de materiais e o gesso é muito importante no meu desenvolvimento artístico. Até mesmo porque a partir desta experimentação com o gesso na moldagem e a mixagem de materiais me inspirou para o desenvolvimento de outras obras, dialogando entre si com uma realidade. Tento apresentar situações com objetos, gesso e fotografias.
No livro Questões de Arte: O belo, a percepção estética e o fazer artístico, a autora Cristina Costa dialoga sobre autores na definição de formas estéticas e valorizadas na arte moderna e contemporânea. A realidade econômica de cada época fez com que a sociedade começasse a refletir mais sobre os acontecimentos e ideais da sociedade com arte, em processos de representações de pensamentos questionamentos até mesmo contradizendo os valores estéticos defendidos no inicio da história da arte. Este diálogo que Cristina Costa ressalva, tem muito em haver com meu desenvolvimento com as obras de arte, pois não estou dando valores estéticos para a realidade já existente, e sim mostrando como é esta realidade sem esconder defeitos e marcas do tempo. A obra, Mãos em Ação, que se desdobra com A Obra, começa a dialogar com instrumentos de trabalho, na obra O Gesto sem fugir o tema Trabalho braçal, quando se é exposto de forma prática como as mesmas ferramentas que são utilizadas no cotidiano. Os valores estéticos ali colocados em cada obra, voltados para a própria realidade apresentada e representada.
 Até mesmo, quando a interpretação da imagem é feita de forma diferente ao próprio produtor da imagem, não é descartada a partir da hora em que esta obra é exposta para o mundo. Pois, a partir da hora em que a obra é exposta ela não pertence mais a seu criador, ou seja, o artista e passa a pertencer ao mundo.
O livro, Corpo imagem e representação da autora Viviane Matesco; Ajudou bastante, para o embasamento teórico e pratico de meu trabalho. Além do mais, com a citação da obra do artista Tunga Vê- nus, me ajudou o bastante para entender o sentido da representação e da apresentação de um trabalho artístico. Em Corpo, imagem e representação.

‟As artes plásticas são artes do espaço e representam os corpos com suas qualidades visíveis, só imitando ações por intermédio dos corpos.” (p,34)

A autora relaciona as formas de representação do corpo nas artes plásticas e na poesia do corpo, em suas qualidades visíveis. Diz que, as artes plásticas, são as artes do espaço, que representa o corpo pela imitação, e a poesia, é a arte do tempo, e só apresenta o corpo por meio da ação.
Assim como, minha pesquisa sobre a fotografia, moldagem e mixagem em gesso, me auxilia na forma de expor, e como a realidade não se exclui da Arte propriamente dita. A forma que encontrei em destacar o meu ponto de vista entre arte e realidade foi por meio do tema Trabalho Braçal, que é narrado com obras tridimensionais e bidimensionais. Como, por exemplo, quando faço mixagens de instrumentos do trabalho braçal no gesso e apresento este instrumento como obra de arte. Estou dando outra função estética para tal objeto apresentando através do tridimensional uma realidade criada durante o processo de criação.
 






























3° Capitulo
                   
3.1 O Gesso e a Moldagem

O gesso está sendo apresentado como suporte de registro em meu trabalho. Em cada obra produzida que coloco o gesso, como forma de moldar e de apresentar o objeto de estudo, junto com os vestígios do trabalho braçal. Este material na moldagem grava e marca os traços das digitais, e as formas do corpo, de cada trabalhador. Assim, o gesso começa a ser apresentado como o próprio corpo do trabalhador, na hora em que o molde do corpo é concluído. Esse material é muito antigo, tem a propriedade de se dissolver na água, quando transformado em pó branco, que endurece rapidamente. Seca em pouco tempo, adquirindo forma do molde, transformando-se em objeto.                 
Em meu trabalho plástico, minhas obras são feitas sempre com a utilização do Gesso. O trabalho de molde em gesso muitas vezes aparecem no processo de construção das obras.
Um artista que utiliza do processo de moldagem em gesso semelhante ao trabalho meu é George Segal, que traz a questão do fantasmagórico com relação ao cotidiano, o homem se apaga diante dessa produção dos objetos. O processo realizado pelo artista molda corpos humanos em sua totalidade, com bandagens em gesso, criando uma capa, que recobre toda a superfície do indivíduo e depois é retirada também em sua totalidade. E em meu trabalho trato a questão da marca do corpo no gesso, como ato, ou seja, a ação que acontece e fica marcada. E também como o gesso tem capacidade de agregar objetos e suas formas. O gesso é um material frágil e que quando agrego a um instrumento de trabalho como a enxada, começa a ter valores contraditórios aos que já vem ganhando. O gesso começa a ter mais valores estéticos quando agrega a cor branca, quando recebe outros objetos, formando um objeto único.
As obras que utilizo o gesso para produzir arte são, Espelhando o Oculto, Mãos em ação, A Obra e O Gesto. Cada obra o gesso é utilizado de uma forma única, em Espelhando o Oculto utilizo o gesso para moldar e tirar o molde do objeto. Na obra Mãos em ação utilizo o gesso para apresentar o processo da moldagem. Já em A Obra o molde em gesso é apresentado como objeto de arte, e em O Gesto o gesso é utilizado apenas para anexar o instrumento de trabalho “ enxada” a uma posição .
Em meus trabalhos plásticos, a força exercida por cada mão, e as marcas que cada gesto, deixa sua marca durante a construção, agregando com o tempo algo sobre o gesso.
Quando faço o registro da moldagem com a fotografia, como na obra Mãos em Ação, estou registrando uma ação, e levando esta ação para o tempo de contemplação do observador. O molde em si, como objeto retrata o corpo com tais detalhes, que quando é exposto isoladamente, o corpo que foi impresso, ainda continua presente com sua marca e traços.
A moldagem em si, é um processo que faz parte dos métodos mais tradicionais na produção de esculturas, tais como: moldagem, entalhe e modelagem. Esse procedimento constitui da moldagem de várias peças em torno do objeto com o intuito de reproduzir posteriormente em outro material.
George Didi-Huberman no livro “A semelhança por contato”, diz da seguinte forma para explicar a moldagem na “Pegada como Gesto”.

“Uma conotação frequente da impressão, pela diferença com o traço, talvez, mais será preciso retornar ao durável. Qual que seja, a impressão supõe um suporte ou substrato, um gesto que o espera (em geral um gesto de pressão, ao menos um contato), e um resultado mecânico que é uma falta, rebo-relevo ou em relevo.”(2008, pg 27).

Neste trecho Didi- Huberman, fala como o ato gestual na moldagem e o processo em que esta moldagem passa por erros e acertos fazem parte de uma mesma história e é tão importante quanto o próprio molde realizado. Nesse mesmo trecho a moldagem pressupõe um substrato e uma falta de algo que não está lá mais, não está mais presente.
Assim como em meu trabalho a definição de impressão como gesto de Didi-Huberman fala que o processo o desenvolvimento da obra corre risco de erros e acertos e que estes erros e acertos fazem parte da obra.
Uma das obras que pode ser citada, como exemplo principal para a representação desta ação por meio do processo da impressão do gesso é, “A Obra”.  Nesse trabalho, o processo da moldagem é apresentado de uma forma que cada elemento faça parte de um mesmo objeto. Pois quando o molde das mãos é anexado aos blocos de gesso cada indivíduo começa a fazer parte deste trabalho de forma direta. Pois uma parte do corpo do trabalhador ficou impressa, como elemento que o representa.


































4°Capitulo

4.1 Fotografia e Mixagem

A fotografia no trabalho Mãos em ação, é relacionado com o ato (ação). A fotografia torna-se registro de uma ação, no caso a moldagem. Aqui, duas formas de registro estão sendo apresentadas, em uma obra de arte, a fotografia e a moldagem.
Vicente José de Oliveira Muniz (São Paulo, 20 de dezembro de 1961) mais conhecido como Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro reconhecido em Nova York, faz obras fotográficas com materiais recicláveis e alimentos, produziu réplicas de obras de arte, e pesquisa o tema da imagem antes de começar a procurar os elementos para construí-la. Por exemplo, elementos que tenha haver com o tema da imagem. A obra (Lixo) que rendeu um documentário e tem elementos de sucatas, e a relação em que ele coloca a imagem projetada com matérias, é que a mesma com que as pessoas que convivem com no meio desta sucata é representada na imagem, Assim como apresento na minha obra (Mãos em ação), em que registro do processo de moldagem em gesso, com as mãos dos trabalhadores que exercem o trabalho braçal.
A fotografia, em meu trabalho, é construída de acordo com o processo da moldagem em gesso. A fotografia registra a ação no momento em que o molde é retirado da mão de cada um dos pedreiros voluntários. 
A relação temporal da ação registrada é muito clara, a partir da hora em que o resultado da impressão no gesso é narrado com fotografias. Aquela ação que se imortaliza com o registro da imagem além de sua impressão no molde de gesso, leva o processo artístico para uma dimensão processual.
Fhilippe Dubois, no livro O Ato Fotográfico explicita suas ideias com esta relação temporal. Dubois relaciona esta temporalidade com o fato da fotografia em relação ao tempo registro e o de revelação em que a imagem captada é apresentada como um presente que já aconteceu uma apresentação atrasada. No meu trabalho fotográfico, apresento o processo de fotografia como registro de uma ação, e como a forma de representação desta ação. Pois o que a fotografia mostra no trabalho Mãos em ação é o processo e não a obra concluída.



Qualquer foto só nos mostra por princípio o passado, seja este mais próximo ou distante. E essa distância temporal, que torna a fotografia uma representação sempre atrasada, adiada, em que qualquer simultaneidade entre o objeto e sua imagem não é possível (esta será uma das grandes diferenças das mídias eletrônicas: vídeo e circuito fechado de televisão autorizam o direto, o feedback imediato, o autocontrole escópico naquele momento), essa distância temporal corresponde ao processo técnico da revelação, que é necessariamente inscrito na duração, com suas fases sucessivas obrigatórias, indo da imagem latente à imagem revelada e depois à imagem fixada.(pg,89)





5° Capítulo


5.1 Registros 


(Imagem- 01) Título Espelhando o Oculto

( Fotografia- Marília Gidrão 2012)




                                          



                                                 (Imagem-02) Título- Mãos em ação
(Fotografia- Luana Carvalho;2013)




     
(Imagem-03 ) Título- A obra
(Fotografia- Marília Gidrão; 2013)


(Imagem-04) Título- O Gesto
( Fotografia- Marília Gidrão; 2013)




(Imagem-05) O peso
( Fotografia- Marília Gidrão; 2013)




6° capítulo

6.1 Referência Artística

As obras relacionadas com meu desenvolvimento de trabalho prático são as apresentadas a baixo.

Antony Gormely- Obra; Snowfall





George Segal- Obra- Esculturas em gesso





Christian Boltansky – Obra: Personnes (2010)



Vik Muniz- Obra: Lixo (2010)


CONCLUSÃO


A partir do percurso dos últimos seis meses, eu relacionei meu trabalho pessoal com autores e artistas, que antecedem a mesma forma de pesquisa em arte, e consegui obter resultados processuais podendo perceber, o quanto que, por mais parecido meu trabalho poderia ser de outro artista, ele seria único, pois está sendo feito por outra pessoa com outra realidade outro ponto de vista. Aprendi muito trabalhando com o gesso, a moldagem, a fotografia e a mixagem. Tais procedimentos e materiais me trouxeram outra forma de olhar sobre a tal representação artística. Com isto aprendi que não importa a forma de fazer arte e sim como e o que eu quero apresentar por meio de instrumentos e processos que reproduzem a realidade tal como ela é sem precisar me preocupar se é o tridimensional ou o bidimensional, é a minha linguagem artística.
Os trabalhos desenvolvidos através da moldagem e mixagem em gesso formam um conjunto de obras que analisei durante o processo artístico, ou seja, durante o fazer da obra. Que a autora Sandra Rey menciona como o desenvolvimento da obra e a relação desse desenvolvimento tem com o tema. Nesse contexto, a utilização da ciência chamada poïética foi muito importante. Segundo Sandra Rey, ela é um processo metodológico de construção da obra que focaliza o que emerge durante o fazer, o acaso, os erros e os acertos. As documentações fotográficas muito me ajudaram nesse sentido.
A pesquisa realizada sobre os quatro artistas, Antony Gormley, George Segal, Christian Boltandky e Vik Muniz muito me ajudou a compreender o meu desenvolvimento de meus trabalhos plásticos, pois os trabalhos que cada artista realizou  com outra forma de olhar a realidade tendo apenas como ponto referencial, a forma de construção artística, sendo ela a técnica.
 Os quatro trabalhos desenvolvidos a partir da minha primeira experiência de moldagem em gesso, foram linearmente desenvolvidos, usados para representar ações gestuais do corpo humano, utilizados no trabalho braçal. E, artistas foram escolhidos por quê fazem trabalhos, com técnicas como a representação do corpo na moldagem e na fotografia, enfocando as similitudes dos elementos e dos procedimentos escolhidos, na mesma medida em que o trabalho se desdobrava.
Autores que discutem o processo e o desenvolvimento na construção da pesquisa em arte são citados na  pesquisa que venho conduzindo no decorrer da construção da obra. Como tais autores conhecidos como – Didi Huberman, Cristina Costa e Verlaine Freitas. E também como já havia mencionado acima, Sandra Rey.
A realização destes trabalhos foi muito importante para a minha construção de ideia do fazer arte. O auxilio que tive durante o processo pela minha orientadora Anahy Jorge, quanto ao desenvolvimento do meu trabalho artístico, me permitiu também pensar em possíveis desdobramentos e direcionar a minha expressão artística.
Após a minha conclusão do curso de Bacharelado em Artes Plásticas, pretendo continuar minha carreira acadêmica, levando meus conhecimentos adquiridos para os cursos de especialização e mestrado numa tentativa de aprofundá-los. Para melhorar e adquirir mais conhecimentos na área das artes visuais, e sempre com a mesma linha de pesquisa, envolvendo a arte como forma de representar meus ideais e reflexões sobre a realidade. Junto a minha prática artística, pretendo continuar a observar os trabalhadores braçais, seu cotidiano, suas ferramentas para dai continuar minhas esculturas.
Como é feito com as obras, Mãos em ação, em que as mãos destes trabalhadores são registradas com o processo da moldagem em gesso na fotografia. O gesto, onde a enxada é colocada de forma gestual, simulando o gesto braçal que é preciso para tal posição deste instrumento de trabalho.  A obra, em que estes moldes são colocados entre tijolos representando o corpo de cada trabalhador como parte desta obra. O peso, trabalho em que amarro dois baldes velhos em uma corda simulando a suspensão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Antony; Gormley, ”Bibliografia” .Disponível em (http://www.antonygormley.com/biography ) Visitado em 26/07/2013 às 16:15

Boltanski; Christian. Bibliografia” .Disponível em (http://pt.wikipedia.org/wiki/Christian_Boltansk) Visitado em 01:31 data 07/10/2013

Vik Muniz-. Bibliografia” .Disponível em (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vik_Muniz ) Visitado em 21/11/2013 as 2:47.

Costa; Cristina . Questões de Arte: O belo, a percepção estética e o fazer artístico; 144 páginas-Editora Moderna- data?

Rey; Sandra. “Por uma abordagem metodológica da pesquisa em artes”. 07 p. 2008.

Didi-Huberman; Georges, A semelhança por contato. Arqueologia e pegada anacronismo modernidade Paris, Editions de Minuit, coleção "Paradox", 2008, 384 p.

Rennó Rosangela (Belo Horizonte, 1962) Visitado em-(http://www.rosangelarenno.com.br/obras/sobre/19 as 17:51 dia 02/11/2013)

Matesco; Viviane-Corpo imagem e representação-Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed, 64 p. 2009.

Dubois, Philippe- O ato fotográfico e outros ensaios/ Philippi Dubois; tradução Marina Appenzeller.- 14° ed.- Campinas, SP: Papirus, 2012.-(Série Ofício de Arte e Forma).